estive a pensar.
(...)
erro meu. no entanto acabei por chegar a uma conclusão. somos uma espécie de "batatas fritas pringles" da arquitectura.
entramos lá como batatinhas pequenas e roliças, bastante divertidas e em vários tamanhos e feitios. somos descascados e moídos numa espécie de bimbi de alta potência, adicionam-nos água formando uma pasta. depois é só recortar e fritar. voilá. todos eram diferentes, todos acabaram iguais. "quando fazes pop, já não há stop!"
vivam os quadrados tortos com o pátio no meio! viva o betão branco aparente! vivam as sapatas! e vivam os trabalhos de história que tanto acrescentam à minha formação enquanto arquitecto.
obrigado faup.
(...)
erro meu. no entanto acabei por chegar a uma conclusão. somos uma espécie de "batatas fritas pringles" da arquitectura.
entramos lá como batatinhas pequenas e roliças, bastante divertidas e em vários tamanhos e feitios. somos descascados e moídos numa espécie de bimbi de alta potência, adicionam-nos água formando uma pasta. depois é só recortar e fritar. voilá. todos eram diferentes, todos acabaram iguais. "quando fazes pop, já não há stop!"
vivam os quadrados tortos com o pátio no meio! viva o betão branco aparente! vivam as sapatas! e vivam os trabalhos de história que tanto acrescentam à minha formação enquanto arquitecto.
obrigado faup.
5 comentários:
rebel without a cause?
a faup é uma escola de formação 'clássica'.e acho que deixa isso muito claro. o que por vezes não deixa claro é que sim, tens liberdade pra fazer o que queres. o que talvez também não deixe claro é que essa liberdade é condicionada por uma fundamentação. e fundamentar bem as coisas é muito chato não é? o que fica no campo da dúvida é pra que é que vão servir certas coisas. mas acredita. sais da faup com uma formação sólida.(faz ai uns dos teus questionariozinhos ao pessoal que está agora de erasmus e pergunta-lhes em que é que a formação da faup os ajudou lá fora) com uma visão universal daquilo que deverá ser entendido como arquitectura. sais com umas bases do caralho. o que poderás fazer a partir daí é contigo. mas mais uma vez, pensar é chato, dá muito trabalho não é? (e quanto a trabalhos de história - serão sempre úteis para além da sua aparente inutilidade.)
rebel? já não.
clássica ou não, a formação é boa e eu sei isso. o problema passa pela formatação: ou és suficientemente inteligente para sair dela e deixar de querer ter apenas "boas notas" ou acabas a revestir o teu edifício de betão branco aparente. 24 em 28? é um problema sério.
"quanto a trabalhos de história - serão sempre úteis para além da sua aparente inutilidade..."
epá esta frase é genial... Ou seja isto implica q existe um valor qualitativo nos trabalhos de história que nós comuns dos mortais não conseguimos alcançar, mas que no futuro vamos dizer: epá afinal aquelas horas a trabalhar q nem burros deram frutos... Isso é completamente ridiculo, e acho q para uma pessoa que argumenta com uma certa superioridade era necessário uns argumentos melhores.
Pelas tuas palavras, "fundamentar melhor".
faup é uma escola de formação clássica?
bem isto dá pano para mangas: certamente nao te referes ao conceito artistico de clássico... mas talvez ao facto de o pessoal q ensina defender um método que não tem mais de 60 anos, e que surgiu na altura como ruptura face aos principios anteriores... Portanto não é clássica, apenas é virada para um tipo de abordagem à disciplina de arquitectura, para aquela que eles gostam mais.. o termo mais correcto seria tradicionalista, mas é bem mais feio q clássico .
"faz ai uns dos teus questionariozinhos ao pessoal que está agora de erasmus e pergunta-lhes em que é que a formação da faup os ajudou lá fora"
A verdade é q saimos com uma formação sólida, mas que tem no entanto as suas lacunas... muitas pessoas q foram trabalhar para fora viram muito dos principios q aprendiam na faup irem por agua abaixo, mesmo em erasmus... Pode-se falar em alunos antes e depois de erasmus... por alguma (muitas) razão será...
O q é interessante na faup, é q existe uma grande disparidade entre a carga de trabalho e aquilo q realmente aprendemos... Fora projecto, as disciplinas são um verdadeiro deserto com uns ocasionais oásis pelo meio..
E mesmo em projecto existe uma clara falta de critica nos trabalhos, mas nao vamos entrar por aí, porque afinal "pensar é chato, dá muito trabalho não é?"
tiago. não quis ser arrogante.mas se calhar até o sou. o suficiente para uma pessoa que já sabe algumas coisas, mas que ainda não sabe ter a humildade de não argumentar de uma forma pretenciosa. soa-te familiar?
a minha posição em relação ao discurso do 'ernesto' é um bocado 'been there, done that'. se falo com uma certa superioridade é porque sei que há uma luz ao fundo do túnel pra esse tipo de discurso e o que pretendo demonstrar é que mais cedo ou mais tarde chegar-se-á lá.com conclusões mais ou menos válidas ou diferenciadas (que vai depender de cada um) mas em unanimidade no facto de admitir que as coisas não são tão literalmente 'negras' como apregoam.
-quando à utilidade do trabalho de história-poderia até fundamentar melhor, e quando quero dizer que são úteis não quero dizer que o 'serão' no sentido de essa utilidade ser descoberta com um certo crescimento e maturidade pessoal(o que também é válido neste caso). o que eu quero dizer é que cada um deverá encontrar a sua opinião - que não seja completamente gratuita, como é na maioria dos casos-em relação a trabalhos exautivos de história.os trabalhos de história abrangem um campo vastíssimo de actuação - desde a parte de investigação, especulação, concretização de um trabalho teórico (a sério), comunicação visual etc. etc. se há razão para serem tão 'aprofundados' para quem está a fazer o 4ºano de arquitectura?isso já é outra questão...e quando falo de formação clássica refiro-me ao facto de a faup ensinar uma base fundamentada n'um método que não tem mais de 60 anos, e que surgiu na altura como ruptura face aos principios anteriores...'claro, e tu a partir daí seres dono do teu próprio nariz.é como na música, na pintura..sei lá...podes ser um músico experimental mas sabes ler uma pauta, podes ser um pintor abstracto mas sabes os fundamentos da pintura figurativa a óleo.se é necessário saber isso? que mais não seja porque 'quem esqueçe o passado está condenado a repeti-lo'
não sei se me faço entender e talvez o termo 'clássico' não seja o melhor...a minha intenção seria dizer que a faup é uma escola que te ensina bases.sim ,as bases que ELES consideram correctas para um entendimento universal da disciplina da arquitectura...e que de certa forma não consigo, depois deste tempo todo invalida-las - basta lembrares-te do 'da organização do espaço'...e falei de erasmus porque muita gente só tem noção da 'força' dessas bases quando é confrontada com outras realidades em que tudo é feito de uma forma tão gratuita que até assusta...
as outras disciplinas são um deserto?se calhar nós é que não lhes vemos utilidade. e aqui volta a questão da maturidade...
'O q é interessante na faup, é q existe uma grande disparidade entre a carga de trabalho e aquilo q realmente aprendemos...'
fala por ti.porque mesmo que, no meu caso e no caso de muita gente, não tenhamos aprendido de acordo com a carga de trabalho foi porque no final de contas pensar é chato, dá muito trabalho não é?
as pringles são feitas com milho...
lamento
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